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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

just this.

“Eu gosto mesmo é de pessoas despreocupadas, aquelas que não precisam olhar para o relógio o tempo todo, que sentam no sofá e começam a rir dos filmes, e passam horas e mais horas no telefone com um amigo, mas, sabem aproveitar os poucos minutos que um encontro casual reserva para compartilhar coisas boas, essas pessoas que não se importam com que roupa irão vestir para ir até o supermercado, que não dão a mínima se o verde combina com o verão, ou se o cabelo esta desarrumado. Gosto dessas pessoas que tem paixões incomuns, gente que se apaixona por livros, paisagens, pela vida, que sempre acredita que existem outros dias, outras pessoas, mas, que nunca se esqueceram de valorizar as que estão com elas. Eu gosto das pessoas que saem de casa quando começa a chover, e que se levantam cedo para não perder nenhum minuto a mais da vida, pessoas que sorriem para estranhos na rua, mas, que não fazem questão de chorar na frente deles também, essas pessoas que não tem vergonha de dançar em públic
Nunca se tinha sentido como ultimamente. Sente-se a afundar como o famoso Titanic. Sente os berros interiores, sente o desespero, sente o medo da morte. Sente que a vida vai acabar ali, naquele instante, a todo o minuto. Outra e outra vez. Sem parar. É tudo ao mesmo tempo. É o trabalho académico, é a destruição de amizades, é a falta de amor, de mimo, de casa, de energia, de vontade, de atitude, de coragem, de vida. É falta de ser quem era!
Ela é uma pessoa de planos. Faz planos para tudo e mais alguma coisa. É uma pessoa que gosta de organizar a vida, porém as ideias na sua cabeça sempre estiveram uma confusão. O seu coração ainda está pior. Deita-se na sua cama com esperança de adormecer por completo e não estar num estado de dormência onde a sua cabeça continua a trabalhar. Onde realiza os seus sonhos, meia adormecida. Com os olhos entreabertos sonha acordada. Sonha com a sua vida perfeita. Todos os dias uma vida diferente. Fecha os olhos e pede para si mesma, para dormir e esquecer esses desejos. Esses sonhos. Sonhos esses que ela acha impossíveis porque na sua cabeça, ela nunca será feliz. Ela não precisava de muito para ser feliz. Apenas de um amor, um realmente verdadeiro. Uma meia dúzia de amigos, daqueles que ficam. A sua família, verdadeiramente unida. E pouco mais. Será que é assim tão difícil?
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É tempo de mudança para a Beca. Ela cansou. Cansou da vida que levava. Cansou apenas. Quando nós queremos mudar, temos que fazer por isso e ela esta a tentar. Mudar o visual foi o primeiro passo. Ela diz que não gosta da pessoa que se estava a tornar. Mostrou uma pessoa que ela não sabia que existia. Teve atitudes para com pessoas que não as mereciam. Falhou em palavras que precisavam de ser ditas. Mostrou sorrisos a quem falava nas costas. Foi simpática para quem não merecia sequer um "bom dia". Quando se deu conta já todos a julgavam e criticavam. Ela fartou-se e vai mudar. Não por eles, mas por ela. Ela precisa disto, desta mudança. Não pode esperar até ao ano novo onde todos dizem:"new year, new life!". Mudanças são sempre bem vindas e ela espera desfrutar da dela. Está convencida que vai conseguir esquecer quem ela quer, dar importância apenas para os que merecem e desprezar o resto do mundo.
A Beca anda um pouco cansada. Sim, a vida universitária afinal não é um mar de rosas. Não é andar com um caderno e uma caneta no bolso das calças como ela costumava ver os rapazes da universidade. Se bem que a parte do caderno é verdade. São 6 cadeiras e 1 caderno e está praticamente em branco. Está quase no final do semestre e os trabalhos acumulam. As frequências a chegar. A paciência a ir embora. O cansaço já começa a pesar. Os olhos fecham, as pernas tremem e não é do frio. Sente o corpo a ceder. Ela diz que é forte e que aguenta mas não é o cansaço do trabalho que a preocupa. É o cansaço da vida. É o cansaço das pessoas, da sociedade em geral ou em particular.
Um dia, estas sentada numa esplanada a tomar um café depois de almoço. Sozinha, apenas com o barulho de fundo de uma cidade com meia dúzia de pessoas. O telemóvel sobre a mesa farto de tocar e cheio de mensagens a perguntar por anda andas. Dos teus amigos.Dos teus conhecidos. Não atendes, não respondes. De perna cruzada e óculos de sol. Com as tuas calças preferidas e com a camisa que te caí pelos ombros perfeitamente. Os teus ténis, os azuis, os de sempre. Com a mala cheia de coisas desnecessárias. Estavas pronta para enfrentar o mundo. Em vez disso, ficaste naquela cadeira, sentada. A observar. A julgar talvez. Os casais que passavam, os que discutiam no meio da rua. Os casais de idosos que passavam ali de mão dada. Os avós que traziam os netos à rua para jogar à bola. O grupos de amigos, ou apenas conhecidos, que saíam da escola ali perto. Os que saíam do trabalho para almoçar ainda. Tanta coisa para ver, tanta coisa para apreciar. A tua vida pode estar uma confusão imensa, até pode