"Não tenho sorte nenhuma na vida." Farto-me de dizer isto mas a palavra "sorte" é muito relativa. Mas continuo a dizer que não tenho sorte nenhuma. Sabem quando saímos de casa e encontramos a última pessoa que queríamos ver? Porra, foi o que me acabou de acontecer. Só precisava de espairecer, então fui dar uma volta e não é que olho para o lado e o vejo? Que sorte a minha. Ele não me viu mas bastou vê-lo ali que me deu logo um aperto no coração. Só de o ver, parece que o mudo para de girar. Não é normal isto. Isto, o amor. Ou o ódio. Eu não sei o que sinto por aquele palerma. Dizem que o ódio é o sentimento mais perto do amor e eu acho que é mesmo verdade. Tem dias que sei que o amo mas outros que me apetece bater-lhe de tanto ódio que sinto. Ele não faz nada o meu "tipo" se é que tenho algum. Cá para mim, eu só os comparo ao meu primeiro e verdadeiro amor. Qualquer um abaixo dele, nem merece o meu tempo. Ele é tão palerma que me doí cá dentro. Não percebo o que vejo nele. Sinto-me estúpida. Sinto-me inútil. Sinto-me apaixonada e não pode ser. Não gosto de me sentir vulnerável. Eu sou forte, eu pelo menos é o que tento demonstrar.
O sentimento de posse é horrível. Eu não quero sentir que todos os que gosto me pertencem. Não quero sentir ciúmes dos meus amigos. Não quero estragar amizades verdadeiras por causa do meu orgulho estúpido. Mas eu já tentei mudar. E é difícil. As pessoas não são minhas e eu devia perceber isso. Qual é a dificuldade Beca? Tu estás sozinha e ninguém é teu. Os teus amigos têm outros interesses, não vivem para ti, percebe isso. Estás mal? Aguenta firme. Não chora. Não ri. Não respira. Não desiste. Não dá parte fraca. Estás bem? Sorri. Saí de casa. Apanha um pouco de calor. Apanha um pouco de ar puro. Passeia. Diverte-te. Não te esqueças que vives por ti e para ti.
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