Quando penso na época mais feliz da minha vida, é nele que penso. Foi com ele que passei os melhores anos. Foi com ele que ri, que chorei. Que trepei árvores para ver o pôr-do-sol. Que corri de mão dada pela praia como se alguém nos perseguisse. Foi ele que correu km's para me ir buscar gelado de chocolate, porque ele sabia que eu não gosto de gelados de morango. Foi ele que curou o meu joelho na primeira queda de bicicleta. Era ele que me deixava ganhar em todos os jogos que fizéssemos apesar de lhe dizer mil vezes que não me importava se perdesse. Era ele que deixava de sair com os amigos para estar comigo. Era ele que saltava a minha janela para cuidar de mim, quando eu estava doente. Era tudo ele, tudo. Até que acabou, e ele quis ser o meu nada. E o meu nada não é para sempre. Agora, ele diz que quer recuperar o tempo perdido e sinceramente eu percebo. Ele deve sentir-se mesmo mal por me ter afastado. Porque para além de eu ser uma ótima namorada, era sou uma muito melhor amiga e ele não pensou nisso. Cada vez que ouso a voz dele, na minha cabeça forma-se uma parede de recordações e seria muito mais fácil ceder do que lutar contra isto. Quando penso na época mais feliz da minha vida, é nele que penso. Mas quando penso em quem me fez sofrer, também é ele que me vem à cabeça. O amor e o ódio andam de mãos dadas, pois bem, depois de tudo, não sei o que sinto verdadeiramente. Talvez quando te olhar nos olhos, tudo se torne mais claro.

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