Já está. Já acabou. Ele está bem. Segue-se uma longa recuperação. Sim, ele não pode dedicar-se mais à sua paixão desportiva. Não vai puder voltar a jogar mas ele já sabia disso. Já expulsou as lágrimas que podia. Já expressou a sua raiva e frustração. Ainda vai demorar um pouco para assimilar o que lhe aconteceu e como vai ser o seu futuro daqui para a frente. Vai ser duro, vai ser trabalhoso, mas ele é forte e vai ultrapassar tudo isto. Tenho a certeza, eu acredito nele.
Já está. Já acabou. E agora conto os abraços, as palavras de força, os mimos, os carinhos, as preocupações. Sinceramente pensei que tinha mais gente do meu lado e que me percebia. Afinal não tenho assim tantos. Se me incomoda? Incomoda-me o facto de eu me preocupar com muitos que quando me viram num dos meus piores momentos este ano, não ligaram minimamente. Mas são coisas da vida, só assim é que aprendemos. Não vou deixar de me preocupar com essas pessoas, ou gostar delas mas doí. Eu posso ignorar mas certamente não vou esquecer. Tenho bem presente na minha memória quem perdeu um pouco da sua vida para me apoiar, nem que fosse por um minuto. Um simples abraço. Tive abraços e apoios inesperados é verdade. Quem esperei que estivesses lá, não esteve. E de pessoas que não espero nada, recebi tudo. São coisas. "Na vida nada é em vão, tudo vem para ensinar." Aprendi muito com isto tudo. Obrigada a todos, ele está bem e eu também apesar do que queria neste momento era estar ao lado dele. Ser a primeira pessoa a dar-lhe um beijo quando acordasse. Adormecer na cadeira desconfortável do seu quarto de hospital. Dar-lhe mimos. Abraça-lo. Queria tanto abraça-lo. Dar-lhe força. Quando o vir à minha frente acho que o vou esmagar. De amor.

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