Quando dei por mim dentro daquela casa outra vez nem queria acreditar. Estava tudo no mesmo sítio, tudo exatamente igual, como se o tempo não tivesse passado por ali é verdade que não passou. Já não existiam plantas nem as rosas brancas em cima da mesa da sala de que me recordava. O grande aquário que um dia abrigou tantas espécies, estava agora abandonado. Mas o aroma continuava o mesmo e as memórias estavam presentes. E do nada bateu uma saudade enorme. Saudades dos variados momentos que ali passei.
Apesar de não estarmos a passar pela nossa melhor fase, nunca iria recusar estar com o meu miúdo e como foi bom vê-lo depois de mais de um ano longe. Depois do acidente. Depois de lhe falhar.
Continua com a sua alegria de viver, com o seu mega sorriso, o que me fez muito feliz porque estava com medo que ele perdesse isso depois do que passou. Aquele abraço parou o mundo, tenho a certeza. Parou o meu mundo e como foi bom. O mesmo abraço de sempre. Aquele que me protegeu de tanta coisa, aquele que suportou as minhas lágrimas, aquele que me segurou para não cair, aquele abraço de um irmão. Aquela voz, aquele olhar, ele. Aquele bocadinho não deu para nada e as saudades continuam aqui a apertar-me o coração. Talvez daqui a um ano eu consiga aquele abraço outra vez. Até já miúdo.

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